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[HISTORIA] Tahrun Barash, A lâmina de Tyr



Tahrun Barash é um orgulhoso membro do clã Drakeära. Clã esse, que descende diretamente do antigo império de Arkhosia. O clã dos Drakeära, liderado originalmente pelo general lendário Högherre. Diz-se que Högherre surgiu da gota de sangue mais espessa de Io, o deus supremo, pai dos dragões. Quando este foi partido ao meio pelo rei do terror Erek-Hus, durante a guerra da Aurora. As duas metades de Io, formariam então os conflitantes deuses dragões: Bahamut, o justo e Timat, a ganaciosa.

Högherre era um bravo paladino, general do exército dos Drakeära em Arkhosia. Os Drakeära eram governados pelo dragão dourado Guldrake,  bisneto do grande "Dourado", dragão unificador das sete cidades que formaram o império de Arkhosia.

Os Drakeära não tiveram anos fáceis, participaram das diversas batalhas contra o maligno Tiefling Bael Turath, que veio a destruir Arkohsia. Mesmo sendo bravamente morto por Högherre, na batalha das sete noites. Os Drakeära mantiveram sua honra pelos séculos, porém alguns foram escravizados pelos descendentes de Turath.

Tahrun Barash era escravo em Unther, do reino Tiefling de Asistus Turath, o nefasto. Asistus era famoso por seu rastro de destruição, sendo um dos mais marcantes, a destruição do reino élfico de Altgard, governado por Thermir Modivarg.

Asistus sempre se sentava, pomposo, no camarote do Coliseu dos Demônios, onde os gladiadores batalhavam em meio aos gritos macabros de seus súditos. Asistus aplaudia a sanguinolência daqueles combates. Era cruel, gostava de ver aqueles gladiadores morrerem em agonia, mas um em especial lhe chamava a atenção. Havia um draconato dourado, que lutava com maestria, manejando sua espada e escudo, cada golpe era coreografado e harmônico. A espada traçava pinceladas, na grotesca tela que fazia dos corpos de seus adversários, em tons mais e mais profundos de um vermelho cor de morte. O draconato era um vingador implacável, seu nome “Tahrun” ecoava nas arquibancadas. Amado após destruir um Troll, com apenas uma adaga e jogar sua cabeça na direção do próprio rei nefasto.

Tahrun mantinha um pedaço da casca do ovo do qual eclodira em um amuleto de âmbar, ali estava sua honra, descendente de Io, dos Drakeära, de Guldrake. Sua honra não se abalaria, mesmo sendo um escravo, mesmo assim, jurou por Tyr, se desvincilhar das correntes que o prendiam e ser um Paladino vingador de seu clã e de seu deus, um herói de guerra, como fora Högherre.

Tahrun, após anos na arena, finalmente conseguiu comprar sua liberdade, com a glória de suas batalhas e o soldo que ganhava de seu captor, por batalha ganha. Mas Asistus não deixaria o gladiador livrar-se tão facilmente.

Ao sair de Unther, Asistus pessoalmente liderou tropas para coagir Tahrun a ficar. “Nasci em meio ao sangue da batalha e, se preciso for, nele morrerei pela minha liberdade” foi a resposta. Ele lutou bravamente, cem Tieflings caíram, antes de conseguirem subjugar Tahrun. Ele morreria com glória, morreria livre. Asistus ordenou ao fim que o corpo do gladiador fosse jogado em um rio próximo.

Tahrun oscilava entre vida e morte, chegou a sentir o frio da água e a força da correnteza, antes de apagar completamente. Ao acordar, estava enfaixado, em uma cama de palha, dentro de uma caverna, algo havia acontecido. Tahrun voltava aos seus sentidos, quando de repente, sentiu a lambida carinhosa e incomum de um lobo cinzento em seus pés, e de longe, conseguiu observar a tez prateada de um elfo da lua, em trajes de couro simplórios.

O elfo se tratava de Baldur Ymir, acompanhado de seu lobo Eld. Baldur o resgatara da correnteza, em uma floresta a quilômetros de distância da batalha e utilizara-se de seu conhecimento druídico para curar Tahrun. “Senti em você uma alma livre e honrada, meu caro amigo”, disse o sábio elfo com um sorriso. Baldur era filho de Thermir Modivarg, o rei elfo do póstumo reino de Altgard.

Nos dias de recuperação, Tahrun tornou-se amigo leal de Baldur e admirador do eremita. Seriam sempre amigos, porém, deveriam seguir caminhos diversos. Baldur seguiria sua jornada em busca da elevação espiritual de Silvanus em peregrinações pelas florestas. Enquanto Tahrun, buscaria glória de batalha como paladino de Tyr e um dia voltaria a Unther, para vingar-se de Asistus. “Druida, amo-te como se fosse de meu clã, você é um Drakeära em meu coração, um dia nossas histórias hão de se cruzar novamente. Destruiremos o nefasto Asistus, em nome de seu reino, de seu pai e de meu clã. Devo seguir meu caminho agora, honrado amigo!”. Baldur o abraçou e rogou a proteção de Silvanus sobre o cavaleiro de Tyr, que se tornaria então um exímio paladino.

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