Salazar parecia dançar graciosamente na escuridão, seus golpes dilaceravam com precisão o carcereiro, um bárbaro outrora feroz que nesse instante não passava de um humano assustado procurando seu machado.
No chão da caverna escura as brasas recém derrubadas ardiam brilhando como uma pequena vila em meio a escuridão profunda, nela Salazar era rei. O incapturável.
Acorrentado ao lado de Tahrun e Dim, estava Soveliss, o bardo, que olhava admirado, vibrando com cada momento de sua nova aventura. Ele sabia em seu intimo que nunca mais seria o mesmo e que aqueles estranhos sempre fariam parte de um momento importante de sua vida. Um sentimento de gratidão silencioso crescia furtivo em seu peito.
-“Ali, eu percebia como um alguém se tornava um herói” - Pensava em um acorde para cada golpe desferido precisamente naquele pobre humano. Já imaginava os dedilhados para a nova canção que prepararia para aquele meio-elfo. Suas vibrações me eram estranhas até aquele momento único. Quanta astúcia! Que habilidade! Quão incrível presenciar pela primeira vez a construção de um herói. A medida que meu coração batia mais intensamente, eu pressentia que ainda ei de ser inspiração nas canções de outros poetas.
(+1 inspiração Soveliss)
Um pouco mais introspectivo estava Dim que apesar de extremamente ferido permanecia em um silêncio sereno, um mistério absoluto para os demais. Em seus pensamentos o gnomo buscava compreender a essência de sua jornada. As respostas lhe vinham em ondas, construindo o caminho conforme seus passos seguiam a diante.
Na grande escadaria que os levava novamente até o santuário de Tiamat, onde encontrariam Langdedrosa, ambos respiraram fundo, se entre olharam e sorriram. Para os dois nada mais existia além daquele momento singular, eles o viveriam intensamente, seja lá qual fosse o resultado do encontro com o draconato.
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