Quero lembrar do meu passado. Mas há algo muito negro neste passado que me assombra e não me deixa acessar minhas memórias.
Aos 19 anos, vivia nos becos da cidade de Scornubel, próximo ao “Bosque do Alcance”. Tocava na rua, pelo prazer de escutar boa música e conseguia meus trocados para sobreviver alí, mas tinha o desejo de tocar nas melhores tavernas da região. Ser aclamado e reconhecido pelo talento que eu tinha na minha musicalidade da minha flauta. Mas, estranhamente, não agradava a todos, ou melhor dizendo, agradava a poucos dos muitos que passavam alí, diante de mim. Não sabia o que faltava para ser um músico melhor.
Conhecia as melhores canções daquela cidade, mas não agradava tanto quanto os outros bardos tocando a mesma música. Seria por causa de meu sangue? Seria isso tão medonho para outras pessoas?
Nos dias que passavam, eu tinha o hábito de andar pelos entornos da cidade, admirando a noite e as vezes seguia o rio e vagava pelas margens da do bosque. Porém uma certa noite, algo muito diferente aconteceu... Parecia um espírito. Não me assustava por me fazer sentir tão familiar. Mas não a reconhecia direito. Eu não sabia se me aproximava ou se me afastava. Ela se moveu, percebi estar segurando algo. Tirei a suspeita de ser um espírito. Um vento abalou as arvores que projetavam a sombra da lua e um feixe de luz iluminou o rosto daquele ser. Revelou-se ser uma mulher. Revelou ser...
Uma dor insuportável, como uma chama ardente, queimava em minha mente. Eu via fogo, sentia agonia, um ódio que consumia minha humanidade. Percebi que meu passado foi algo separado de quem sou hoje.
Ao acordar ainda pela noite, na beira do rio, percebi que a mulher se foi. Aquela mulher deixou um alaúde ao meu lado. Fabricado da madeira mais nobre e refinada que eu já vi, além de belíssimos e nobres ornamentos que jamais tinha visto em outro instrumento. Os desenhos feitos naquele alaúde me fizeram lembrar de momentos relacionados um sentimento que era esquecido por mim a muito tempo. Me fez lembrar de amor, a palavra mais forte de inspiração nas canções.
No outro dia, logo após aquela noite, tratei-me de me vestir na melhor roupa que podia encontrar e um belo chapéu para esconder meus traços demoníacos. Entrei em meio a uma multidão naquela cidade e iniciei minha primeira canção com aquele instrumento.
Eu pude sentir minhas notas de forma diferente: elas eram capazes de inspirar a mim e aos outros nos meus arredores. Fui aclamado, pela primeira vez, no meio daquele povo que uma vez me ignorou. Senti que tudo aquilo mudou não por causa do instrumento, mas por um espírito vivo dentro de mim que se agitava ao entonar minha voz e guiar os meus dedos para tocar as mais belas notas. Senti que eu fazia aquilo com amor!
Desde então, tenho viajado para outros lugares para encontrar outras histórias. As histórias de heróis que, a partir de então, tem sido cultivado em meu ser, que ser um bardo era muito mais que contar a glória dos outros, mas principalmente, era ser o autor e o sujeito da história cantada.
Aos 19 anos, vivia nos becos da cidade de Scornubel, próximo ao “Bosque do Alcance”. Tocava na rua, pelo prazer de escutar boa música e conseguia meus trocados para sobreviver alí, mas tinha o desejo de tocar nas melhores tavernas da região. Ser aclamado e reconhecido pelo talento que eu tinha na minha musicalidade da minha flauta. Mas, estranhamente, não agradava a todos, ou melhor dizendo, agradava a poucos dos muitos que passavam alí, diante de mim. Não sabia o que faltava para ser um músico melhor.
Conhecia as melhores canções daquela cidade, mas não agradava tanto quanto os outros bardos tocando a mesma música. Seria por causa de meu sangue? Seria isso tão medonho para outras pessoas?
Nos dias que passavam, eu tinha o hábito de andar pelos entornos da cidade, admirando a noite e as vezes seguia o rio e vagava pelas margens da do bosque. Porém uma certa noite, algo muito diferente aconteceu... Parecia um espírito. Não me assustava por me fazer sentir tão familiar. Mas não a reconhecia direito. Eu não sabia se me aproximava ou se me afastava. Ela se moveu, percebi estar segurando algo. Tirei a suspeita de ser um espírito. Um vento abalou as arvores que projetavam a sombra da lua e um feixe de luz iluminou o rosto daquele ser. Revelou-se ser uma mulher. Revelou ser...
Uma dor insuportável, como uma chama ardente, queimava em minha mente. Eu via fogo, sentia agonia, um ódio que consumia minha humanidade. Percebi que meu passado foi algo separado de quem sou hoje.
Ao acordar ainda pela noite, na beira do rio, percebi que a mulher se foi. Aquela mulher deixou um alaúde ao meu lado. Fabricado da madeira mais nobre e refinada que eu já vi, além de belíssimos e nobres ornamentos que jamais tinha visto em outro instrumento. Os desenhos feitos naquele alaúde me fizeram lembrar de momentos relacionados um sentimento que era esquecido por mim a muito tempo. Me fez lembrar de amor, a palavra mais forte de inspiração nas canções.
No outro dia, logo após aquela noite, tratei-me de me vestir na melhor roupa que podia encontrar e um belo chapéu para esconder meus traços demoníacos. Entrei em meio a uma multidão naquela cidade e iniciei minha primeira canção com aquele instrumento.
Eu pude sentir minhas notas de forma diferente: elas eram capazes de inspirar a mim e aos outros nos meus arredores. Fui aclamado, pela primeira vez, no meio daquele povo que uma vez me ignorou. Senti que tudo aquilo mudou não por causa do instrumento, mas por um espírito vivo dentro de mim que se agitava ao entonar minha voz e guiar os meus dedos para tocar as mais belas notas. Senti que eu fazia aquilo com amor!
Desde então, tenho viajado para outros lugares para encontrar outras histórias. As histórias de heróis que, a partir de então, tem sido cultivado em meu ser, que ser um bardo era muito mais que contar a glória dos outros, mas principalmente, era ser o autor e o sujeito da história cantada.
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