Contratados como guardas os aventureiros seguiram a longa Rota do Comércio, acompanhando os dois vagões repletos de mantimentos e bebidas de Beyd Sechepol (um meio-elfo carismatico, e bem humorado, com boa lábia para os negócios) e seu sócio Enom Tobun (um bondoso halfling que tem conduzido carroças de mercadorias por toda Faerûn nos últimos quarenta anos). Dois mercadores alegres e caricatos que já acostumados com longas viagens desenvolveram boa habilidade em lucrar abastecendo os demais comerciantes.
A viagem que durou cerca de quarenta dias para o norte, se mostrou repleta de perigos, e desenvolvimentos sombrios, onde os personagens agora reconhecidos, dançaram uma dança sombria com os cultistas que vez ou outra se colocaram em seu caminho de maneira furtiva e ameaçadora. Mas os cultistas não foram o único perigo que Dim, Tahrun, Soveliss e Salazar, enfrentaram na estrada muitas vezes tortuosa.
Um bando de Wyverns famintos, Aranhas gigantes, Hobgoblins, ambientes que por si só se mostraram selvagens e hostis, além de muitas outras ameaças surgiam após cada curva, um lembrete constante da fragilidade da vida.
Aliados inesperados também surgiram com o passar dos dias. Os aventureiros em meio a momentos de alegria e tristeza conheceram:
Imsa (Uma adorável humana viajante, que é completamente verde devido a uma doença misteriosa e que busca em Águas Profundas um remédio para sua estranha condição).
Chopp (Um halfling guerreiro de grande coragem e poucas palavras que viaja acompanhando Imsa. Chopp perdeu um companheiro durante a viagem, e desconfia que ele pode ter sido assassinado, encontrar o responsável pela morte dele é seu novo propósito).
Aratos (Mercenário a serviço do culto do dragão, que agora também trabalha como agente duplo, oferecendo informações para Salazar em troca de algumas moedas de ouro, que segundo ele, serão muito úteis para sua família).
Jamna Gleamsilver (Misteriosa halfling que embarcou em Vau da Adaga; Jamna mostrou grande interesse no culto do dragão, e parece ter muitas informações sobre o seu desenvolvimento no Norte além de conhecimento sobre questões importantes que dizem respeito ao passado dos personagens).
Azbara-Jos (Um curioso humano recluso de longas vestes vermelhas que também se juntou a caravana em Vau da Adaga, Azabara-Jos foi recebido em uma carruagem do culto e passou a maior parte da viagem socializando o minimo possível com todos os demais, segundo Jamna, ele é um dos temíveis Magos Vermelhos de Thay).
Taliesin (Um elfo de vestes verdes e expressão severa, que aparentemente foi responsável por organizar as carruagens de contrabando do Culto do Dragão ao longo de todo o percurso, desde Portal de Baldur até Águas Profundas, segundo boatos e informações de Aratos, ele é um líder cruel, com grande influencia politica em Águas Profundas).
Bruenor Don O'Bron (Bravo anão guerreiro que se juntou ao grupo ao longo do percurso, Bruenor esta retornando para Águas Profundas após uma uma longa viagem ao sul).
Segundo as palavras de Jamna Gleamsilver e Aratos o culto partirá de Águas Profundas em dois dias, seguindo para o Norte, pela antiga e atualmente inutilizada Estrada Alta que conecta a capital dos esplendores a Inverno Velado. A organização maligna esta se aproveitando da rota abandonada, que luta contra a constante expansão do pântano costeiro, conhecido como Pântano dos Mortos, onde um grupo de Homens Lagartos parece acobertar as atividades suspeitas dos cultistas.
Uma outra informação não menos importante, é de que em algum lugar nesse pântano, existe uma estalagem onde a carga é descarregada, e de lá segue para o castelo Naerytar, que até então ninguém sabe onde fica.
Águas Profundas é a principal força cosmopolita de Faerûn. Ela se beneficia de um excelente porto, um governo sábio, um espírito tolerante e uma tradição mágica fundamental que geralmente produz magos bons mais poderosos do que maus. Águas Profundas contém um exemplar (no mínimo) de qualquer coisa de Faerûn, mas não é uma mistura desorganizada - de fato, ela parece um lapidador, polindo as extremidades brutas dos indivíduos para que seus talentos brilhem ainda mais.
Seu apelido, a Cidade dos Esplendores, nunca é usado de forma sarcástica. O povo sabe que Águas Profundas é um local maravilhoso e a vida é melhor, ou pelo menos generosa, aqui. Os citadinos possuem um defeito notável: a tendencia de achar que não existe nada de novo debaixo do sol; além disso, eles consideram todas as experiências humanas e inumanas como sua herança cultural em potencial. Esse defeito nem sempre é uma coisa ruim.
A Cidade dos Esplendores é inevitavelmente o local onde as coisas acontecem, um importante centro de comércio e intercâmbio. Os moradores locais aceitam isso como um fato e nunca pensam nos motivos que transformaram a cidade nesse foco mundial. Os astutos consideram Águas Profundas uma cidade de riqueza, onde os ricos se reúnem para negociar, e esses acordos geram fortunas com rapidez desconhecida nos países menores de Faerûn. As moedas são o fogo desse caldeirão. Esse caldeirão em si, e as colheres que o mexem, são os poderes locais, envoltos numa luta infindável por supremacia, lutando entre si em pequena e larga escala.
Algumas pessoas comparam a vida em Águas Profundas a um bom vinho que não conseguem parar de beber. Poderes de todos os tipos, desde cultos a grupos comerciais, passando por organizações de magos e regentes estrangeiros, mantém um expediente sempre ativo de espiões e até mesmo assassinos. Apesar dessa bela cidade ter bastante espaço para qualquer um com dinheiro para gastar, ela também é um local, onde cada momento privado é visto ou ouvido por alguém.
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