Os segundos começaram a se alongar conforme o Paladino despencava por entre as nuvens escuras. Seus pensamentos vagavam refazendo toda sua história, mergulhando no tempo em busca de propósito. Ele estaria pronto, se essa fosse a vontade do Senhor das Espadas.
Diante a morte iminente a perola mágica que o Draconato ganhara de seus amigos reagiu, pulsando gélida contra seu peito, lhe revelando segredos e possibilitando o uso de uma única habilidade mágica. Uma esperança remota de escapar da tormenta com vida, de viver mais um dia. Algo a qual qualquer homem sensato teria se agarrado com todas as forças para sobreviver, para continuar; mas esse não era Tahrun. Ele nunca fugira de uma boa briga até ali, e não começaria agora.
"Que a justiça de Tyr guie minha lâmina!"
Envolto em nevoa mágica o Paladino caiu pesado como uma rocha sobre as costas do Dragão que rugiu de dor enquanto girava no ar, seus gritos de desespero eram música aos ouvidos de Tahrun, que rasgava as largas costas da criatura com golpes furiosos. Tyr estava ao seu lado, e nenhuma chama naquela noite ardia com maior fervor que aquela em seu coração.
As labaredas que ardiam nos céus também ardiam no Castelo Calabra. Lá Dimble, Salazar, Soveliss e Cassandra embarcaram em uma jornada arriscada para resgatar as crianças no grande Septo das Mil Invenções.
Mergulhado no inferno, Dimble teve a possibilidade de se re-apaixonar por sua curiosidade, os olhos do pequeno gnomo brilhavam conforme viajavam pelas estantes, esquemas e pergaminhos guardados naquele lugar lambido pelo fogo.
Com as crianças a salvo, os guerreiros retornaram como heróis para o velho Castelo.
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