A principio Salazar se sentia perdido em relação a seus sentimentos. Sempre quisera morar no castelo de sua família, sonhara por incontáveis noites com a vida de nobreza, com os trajes elegantes e as festas de gala. Mas subitamente essa joia já não evocava o mesmo brilho em seu olhar. A estrada até então trilhada lhe ensinara sobre outros tesouros, inflamando seu coração para um mundo de aventuras onde ele era protagonista.
Derrubar o Culto do Dragão e vingar a morte de seu irmão, se tornara quase que uma obsessão. Enquanto seus amigos descansavam e se divertiam, muitas vezes ele se pegava analisando e planejando. A necessidade lhe tornara astuto e responsável.
O convite para permanecer no castelo e o carinho/respeito de sua irmã Cassandra lhe significavam muito, mais do que ele admitia para os outros, e até para si mesmo.
Agora ele assimilava claramente as sábias palavras de Dimble; pertencimento e propósito. Um caminho que se faz ao caminhar.
Salazar partiu com intuito de manter sua promessa: retornar vivo para o Castelo Cruzado, ser um tio para seu sobrinho, e auxiliar no que gostou de pensar como "Amanhecer dos Calabra".
Saindo da região urbana da Cidade dos Esplendores o grupo se deparou com uma estrada tortuosa que os levou até o Pântano dos Mortos. Um emaranhado frio de árvores, arbustos, terreno pantanoso, água parada, juncos e línguas-de-gato que se estendiam até onde a vista viajava.
Mesmo ameaçados por Bullywugs, Trolls, e grandes nuvens de mosquitos seguiram pântano a dentro, confiando no rastro deixado pelo alfinete Harpista colocado nas vestes de Azbara-Jos.
Os dias seguiram arrastados por uma estrada de terreno difícil e lamacento, que os levou até a estalagem base do culto. Uma pequena residência de madeira instalada naquele fim de mundo.
Comentários
Postar um comentário