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Mostrando postagens de setembro, 2017

S01E16 - A Viagem Pelo Rio Chiontar (PRÓLOGO)

A luz do sol derramou-se na pousada. Era uma luz fria e nova, adequada aos começos. Roçou no moleiro que acionava sua roda-d'água para a jornada de trabalho. Iluminou a forja que o ferreiro reatiçava após quatro dias malhando o ferro frio no metal. Tocou nos cavalos de tração presos a carroças e nas lâminas das foices reluzentes, afiadas e prontas no início de um dia de outono. Os aventureiros dirigiram-se para o porto, onde o vento soprava gentilmente as velas da embarcação ancorada. Na proa com uma vara de pescar em mãos, se encontrava o bem apessoado e sempre sorridente Percy , e scudeiro de Ontharr ,  que conforme instruido já havia realizado todos os preparativos para a viagem a Portal de Baldur . Uma viagem de três dias que já fizera incontáveis vezes. Naquele mesmo lindo dia, conforme pescavam e trocavam boas histórias os aventureiros desfrutavam de um precioso e raro momento de descanso. O largo rio corria veloz avançando em direção ao imponente Mar das Espadas ,

[EXTRA] Os juramentos da Harpa e da Manopla

S01E15 - Oitavo Torneio da Manopla de Elturel

Nas ruas apertadas de Elturel as pessoas com rosto pintado carregavam bandeirolas e se amontoavam entoando canções animadas a caminho do Campo de Torneio . Seus cânticos falavam sobre bravura e agradeciam a Torm e Chauntea pelas graças recebidas em um ano de colheita farta. Dimble  divertidamente se questionou quanto as probabilidades, essa a final, era a oportunidade perfeita para impressionar o paladino. Chegar exatamente um dia antes do torneio anual era de fato curioso. Seria os deuses que lhes colocaram ali no momento certo? Seria o caos regendo o universo? A seu lado o gnomo observou  Salazar  confiante. O ladino era bom e sabia disso. Os anos nas ruas ensinaram a seu companheiro precisão e destreza invejáveis, em especial no que dizia respeito a improvisos e falsificações. Nomes lhe brotavam na cabeça como bolhas em uma chaleira fervente. Orgulhoso de suas habilidades, ele carregava cuidadosamente os documentos forjados. Com esses em mãos, ele e seu amigo draconato sem

S01E14 - A Viagem para Elturel

Naquela mesma manhã, os raios de sol dardejavam suavemente sobre o escudo na mão do pequenino Halfling , a expressão em seu rosto e no rosto de seus amigos era de uma felicidade pura. A velha égide que tantas vezes protegeu Tahrun contra ataques mortais, mesmo danificada, inspirava coragem e esperança no coração daquelas pequenas crianças que sorrindo, brincavam, correndo de um lado para o outro, em uma empolgação sem fim. Como presente o escudo do herói ficara para lhes proteger. Nighthill e Escoberto receberão a comitiva com grande alegria e respeito; seus olhos refletiam verdadeira admiração por aqueles quatro companheiros que regressaram do acampamento inimigo com informações tão valiosas. Em meio as festividades e flertes, o jovem bardo embebido do melhor vinho que provara, se percebeu tão feliz quanto nunca antes em toda a sua vida. Soveliss  talvez nascera para aquilo, ver a felicidade no rosto do povo simples (não o medo), ser reconhecido e adorado por seus feitos e mú

S01E13 - Os Campos Verdes (PRÓLOGO)

Uma brisa fresca soprou os campos verdes e arrancou um suspiro satisfeito do Tiefling. Soveliss ferido mas ainda assim contente, ostentava um sorriso largo sempre que considerava sua boa sorte. Sua aventura lhe rendera uma mochila recheada de tesouros, boas historias, algumas cicatrizes e o que considerou mais importante, novos amigos. Dimble  mais introspectivo, inspirou profundamente algumas vezes enquanto avaliava maravilhado sua nova arma, a lança de Langdedrosa . Nunca em sua vida sonhara tocar um objeto de tamanha perfeição, o cabo de adamantina possuía um balanço inacreditável mesmo em suas pequenas mãos. A ponteira era uma obra-prima de outrora, poderosa e lindamente trabalhada. Não bastasse o pó de diamante espalhado no metal fino de sua lâmina, nela era possível observar delicadas runas com encantamentos que a transformavam em uma arma de poder especial, única. O monge que nunca se importou com bens materiais não conseguia compreender a confusão de seus próprios senti